Propostas arquitetônicas sugestivas de moradias populares à população, propõem conjuntos habitacionais de qualidade duvidosa para solucionar o déficit habitacional do país, e em Pernambuco não é diferente.
No incentivo a pensar a moradia como um espaço honesto para quem a ocupa, propomos tentar
projetar uma arquitetura com uma vocação simples e objetiva para projetos reprimidos às
imposições do programa habitacional brasileiro.
Presente no contexto urbano, ainda que rural, a parte expectante da natureza ao fundo do
loteamento amenizou uma verdadeira cortesia, aliada à presença marcante da fauna regional.
A simplicidade costuma ser racional e assertiva, portanto, norteava o desafio de desenhar tecnicamente possíveis diretrizes de projeto para quatro casas embrionárias com 58,5 m² de área útil cada. Inserida em modestos terrenos de dimensões 8x20 metros e executada por mão de obra local pouco qualificada, o período de construção durou apenas 120 dias.
Em sua poesia, o partido arquitetônico vem da sombra, gravitando certo ritmo substancial à caligrafia precisa das retas no equilíbrio formal. A escassez de contornos suaves preside a arrogância de pontos e arestas no refinamento geométrico.
O projeto re-questiona dimensões hostis e princípios energéticos da economia espacial estigmatizada para a casa popular. No gozo do vazio construído a partir do desenho de altura, o céu torna-se o horizonte porque havia pouco solo.
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