ARCHITECTURE TEAM Tiago do Vale, Camille Martin, Eva Amor, Karolina Zuba, Coraline Pothin, Riddhi Varma PROGRAM Retail and Residential LOCATION Anguera, Bahia, Brasil FOOTPRINT 990 ft2 (92 m2) CONSTRUCTION AREA 1980 ft2 (184 m2)
This is a project filled with singularities. A project that is as much about what is built as it is about its communication. In the interior of the Brazilian Northeast, it had to be particularly aware of the limited resources available locally (both in quantity and variety) but, fundamentally, its design and communication had to be adjusted to the characteristics of the local manpower. Considering that perspectives are more effective in communicating architectural objects than plans we wondered -with some naive curiosity, good humor, but also a practical spirit- if a house construction could be explained with a universal IKEA-like communication strategy. This idea of a project explained with the simple, basic language of an IKEA furniture manual became a project strategy: the representation of the project became the theme that gave the project its shape. In consequence, the operations that allow the transformation of this building had to be simple, almost simplistic. The constructive solutions had to be basic, easily controlled in their finish and executed with just a couple of steps. The complete construction had to be condensed to a sequence of simple and clear movements that could be explained in just a few pages. Hence, the full construction is solved with a short palette of materials: cobogo, concrete blocks, cement, wire-mesh panels, MDF for the carpentries, glass for the openings.
The starting point is the plain demolition of everything non structural. The new dividing walls are raised block over block, with no finish other than painting. Some wall panes are constituted by cobogo masonry, allowing for ventilation at strategic points of the structure. The floors are finished with poured concrete, the same material used for the kitchen counter. All carpentry is executed in hydrophobic MDF painted on the site. Door and window frames are designed from basic metal profiles and, where transparency is required without prejudice of ventilation, wire-mesh panes are raised. The end result, with a limited set of steps and no further need for finishes, are spaces ready for occupation, at a low cost, inherently sustainable and belonging to the place. Crucially, such a process can be extrapolated to any project, resulting in simpler, easier and better-adapted constructions that can be built with fewer resources while being less demanding the manpower. In this exercise Process, Project, and Representation became one and the same.
(es)
Esta es una obra llena de singularidades. Un proyecto que trata tanto sobre lo que se construye como sobre su comunicación. En el interior del Nordeste Brasileño, el proyecto tuve de estar particularmente pendiente de los limitados recursos disponibles localmente (en cantidad y en variedad) pero, sobretudo, su diseño y comunicación deberían ajustarse a las características de la mano de obra local. Considerando que las perspectivas son mas eficaces en la comunicación de objectos arquitectónicos que los planos, preguntamos nos -con alguna curiosidad inocente, un poco de buen humor y un espirito pragmático- si la construcción de una casa podría ser explicada con una estrategia de comunicación universal similar a de IKEA. Esta idea de un proyecto explicado con el lenguaje simple y básica de un manual de mueble de IKEA se tornó estrategia de proyecto: la representación del proyecto se tornó en el tema que le da su forma. En consecuencia, las operaciones que permiten la transformación de este edificio tendrían de ser simples, casi simplistas. Las soluciones constructivas tendrían de ser básicas, fácilmente controladas en su acabado y ejecutadas en apenas algunos pasos. La construcción en su todo tendría de ser condensada en una secuencia de movimientos simples y claros que puedan ser explicados en apenas algunas paginas. De esta forma, toda la construcción se resuelve con una paleta diminuta de materiales: cobogo, bloques de hormigón, cemento, malla metálica, MDF, vidrio. El punto de partida es la demolición sencilla do todo lo que no es estructural. La nueva compartimentación es lograda con el levantamiento simples de paredes de bloque sobre bloque, sin otro acabado que no una pintura. Algunos tramos son en albañilería de cobogo, permitiendo la ventilación en puntos estratégicos de la estructura. Los pisos son acabados con hormigón vertido, así como el contador de La Cocina. La carpintería es ejecutada en MDF hidrofóbico pintado en obra. Los marcos son diseñados por perfiles metálicos básicos y, donde sea necesaria transparencia sin comprometer la ventilación, se levantan planos en malla metálica. Así, con un conjunto limitado de pasos y sin acabados suplementares, los espacios están listos para ocupación, a bajo coste, de forma inherentemente sostenible y perteneciendo al lugar. Crucialmente, un proceso de este tipo puede ser extrapolado para cualquier proyecto, resultando en construcciones más sencillas, más fáciles y mejor adaptadas que pueden ser concretizadas con menos recursos y de forma menos exigente para la mano de obra.
En este ejercicio Proceso, Proyecto y Representación son una y la misma cosa.
(pt)
Esta é uma obra plena de singularidades. Um projecto que é tanto acerca do que é construído como é acerca da sua comunicação. No interior do Nordeste Brasileiro, os recursos disponíveis (limitados em quantidade e em variedade) seriam sempre tema de projecto. No entanto, mais do que tudo, era necessário encontrar resposta à necessidade do seu desenho e comunicação se ajustarem às características da mão-de-obra local. Considerando que as perspectivas são frequentemente mais eficazes na comunicação de objetos arquitetónicos do que plantas e cortes, perguntámo-nos -com alguma curiosidade inocente, um pouco de bom humor e um espirito pragmático- se a construção de uma casa poderia ser explicada com uma estratégia de comunicação universal semelhante à do IKEA. Esta ideia de um projeto explicado com a linguagem simples e básica de um manual de montagem de mobiliário tornou-se estratégia de projeto: a sua representação tornou-se o tema que lhe deu forma. Em consequência, as operações que permitem a transformação deste edifício teriam de ser simples, quase simplistas. As soluções construtivas teriam de ser básicas, facilmente controladas no seu acabamento e executadas em poucos passos. A construção no seu todo teria de ser condensada numa sequência de movimentos correntes e claros que pudessem ser explicados em apenas algumas páginas. Assim, toda a construção se resolve com uma paleta diminuta de materiais: cobogó, blocos em betão, cimento, malhas metálicas, MDF para as carpintarias, vidro para os vãos. O ponto de partida é a demolição singela de tudo o que não é estrutural. A nova compartimentação é executada com o levantamento simples de paredes de bloco sobre bloco, sem outro acabamento que não uma pintura. Alguns panos são levantados com alvenaria de cobogó, permitindo ventilação em pontos estratégicos da estrutura. Os pisos são acabados com betão vertido, assim como o balcão da cozinha. A carpintaria é executada em MDF hidrófogo pintado em obra. A caixilharia é desenhada por perfis metálicos básicos e, onde seja necessária transparência sem prejuízo da ventilação, erguem-se panos de malha metálica. Assim, com um conjunto limitado de passos e sem acabamentos suplementares, os espaços estão prontos para ocupação, a baixo custo, de forma inerentemente sustentável e pertencentes ao lugar. Crucialmente, um processo deste tipo pode ser extrapolado para qualquer projecto, resultando em construções mais simples, mais fáceis e melhor adaptadas que podem ser concretizadas com menos recursos e de forma menos exigente para a mão-de-obra. Neste exercício Processo, Projeto e Representação tornaram-se uma só coisa.
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